domingo, 20 de novembro de 2011

Quietudes incertas

Surgiu finalmente a desejada obscuridade que me apazigua no final do dia. Não sabendo o quê, porquê ou para quem, senti a irresistível tentação que me leva a pegar na velha caneta e me incita a escrever, não sei o que irá sair daqui… talvez pouco ou um quase nada. Há certos actos, quase involuntários, que nos levam a fazer coisas como que a saciar uma fome ou provocar uma acalmia de uma ressaca pseudo-criativa que à muito não é expelida… e talvez o “agora” ainda não seja a hora…
Hoje dá-me para isto… fujo aos canais noticiosos que, de dia para dia, sustentam e reforçam a ideia de uma triste e acelerada putrescência que assola a pátria que me viu nascer e, com sorte, também verá perecer. Fujo igualmente aos “big brother’s” da actualidade, que me deprimem e impelem num declínio crescente em relação ao futuro do meu país. É dado circo aos que gritam por pão e os arquétipos usados, pela jovem massa que terá de levantar a pátria, são hoje distorcidos, decadentes e sem valores, o que me leva a sublinhar a incerteza actual na revivescência nacional.

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